domingo, 11 de setembro de 2011

Nasci pra isso.

Eu nasci pra escrever. E não digo isso porque acho meus textos ótimos, muito pelo contrário, ultimamente estou achando todos um verdadeiro lixo e sei que ainda preciso melhorar muito. Mas andei pensando e percebi que eu realmente nasci pra isso. Eu sinto demais, eu coloco sentimento em tudo, até mesmo nas banalidades, e não dá pra guardar isso só pra mim. Eu vejo tudo com um olhar meio romântico. Não sei escrever poesias, mas vejo poesia em tudo.
Uma criança que me olha e sorri. Uma mulher bonita e aparentemente feliz ouvindo música nos seus fones de ouvido. O pôr-do-sol, a chuva, os raios de sol entrando pela janela, o céu. Pessoas dançando loucamente uma música que elas nem conhecem. Pessoas felizes simplesmente porque uma determinada música começou a tocar na festa. Conversas de banheiro. Alguém que lembrou de mim. Uma barra de chocolate deixada em cima da minha mesa. Um sorriso, não importa de quem. O vento batendo na cara. O vento bagunçando meus cabelos. Alguém rindo de algo que eu falei. Alguém me fazendo rir. Um abraço. Um gol nos minutos finais de um jogo. Um filme que me faz chorar. Um filme que me faz rir. Alguém secando minhas lágrimas. Uma mulher grávida. Me lambuzar tomando sorvete. Sair bem numa foto. Sair mal numa foto. Falar o que penso. Não falar nada. Um menino tocando violão. Cantar. Ouvir alguém cantar. Beijar. Frio na barriga. Comida boa. O último capítulo da novela. Pessoas que me fazem bem. Brincos perdidos. Unhas descascadas. O perfume de alguém. Uma mensagem inesperada. Surpresas. Uma senhora de idade com dificuldade pra andar, mas com um sorriso enorme no rosto. Pessoas que reencontro depois de muito tempo. Coisas que reencontro depois de muito tempo. Dores. Algo que eu nunca pensei que sentiria e senti. Um menino que escreve coisas lindas. Uma carta enviada pelo correio em plena era digital. Ligar o rádio e estar tocando a minha música preferida. Coincidências. Corações partidos. O despertador tocando de manhã. Um banho de mar. Andar descalço. Ficar com a pele queimada do sol. Um bebê chorando. Qualquer pessoa chorando. Sentimentos inesperados. Frases escritas na última folha do caderno. Textos escritos num blog. Entrelinhas. Balas de morango. Banho demorado. Alguém que me faz feliz.
Eu vejo poesia em tudo. Eu sinto tudo com uma intensidade impossível de medir e me sufocaria se não colocasse tudo isso pra fora. Por isso eu escrevo. Só assim eu me descubro, eu me revelo, eu mostro quem sou e o que penso, eu faço terapia sem gastar nenhum centavo, eu choro, eu rio, eu me livro do peso de alguns sentimentos, eu sinto. Não sei viver sem escrever. Eu sou aquilo que escrevo. Se me exponho, se passo dos limites? Sim, com certeza. Mas é o preço que se paga por ter nascido pra isso. E eu, definitivamente, nasci pra escrever. Não sei ser de outro jeito.

E lá se vai mais um texto lixo.

2 comentários:

  1. Então escreva, e não se importo com os resultados.

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  2. Ameeeeei, amei mesmo, me senti em cada palavra, é como se cada letrinha fizesse parte de mim. Amo as palavras, amo degustá-las e sentir o sabor de cada uma, é sempre único. E quando elas transbordam não há anda melhor, nada que nos encha mais, ao mesmo tempo que esvazia-nos não é mesmo?

    Adorei, tô seguindo, e vou vim sempre..
    Dar uma passadinha no meu cantinho se puder, vou adorar : http://blog-da-mily.blogspot.com/

    Beeijos, e sucesso *-*

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