É da
natureza humana essa dificuldade de lidar com mudanças e, quando diz
respeito às pessoas que estão ao seu redor, amigos e familiares, a
dificuldade fica maior ainda. Não é fácil aceitar que aquele seu
primo fanático pelo Grêmio agora virou colorado e aquela sua amiga,
que sempre falava mal dos roqueiros, agora vive frequentando bares de
rock. Não é fácil. Mas a vida é assim. Num dia chove e no outro
faz sol e temos que nos adaptar ao clima. Assim como temos que nos
adaptar às mudanças.
Ninguém
é obrigado a agir da mesma maneira a vida inteira. Como diria Raul
Seixas: “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter
aquela velha opinião formada sobre tudo.” Eu prefiro me permitir
mudar. Conhecer o outro lado da história, descobrir coisas que eu
nunca tinha visto, experimentar coisas novas, até mesmo aquelas que
antes me repugnavam.
Só
temos uma vida e não podemos deixar de aproveitar cada segundo dela
por estarmos presos a paradigmas ou por medo do julgamento alheio.
Assim como é preciso aceitar que os outros também vão mudar. As
pessoas, mesmo aquelas que conhecemos há anos, sempre vão nos
surpreender, de maneira positiva ou negativa. E o mundo vai continuar
girando e deixando pra trás aqueles que resolveram ficar parados,
estagnados naquela velha opinião formada.
Então,
antes que o mundo gire e te deixe pra trás, pense naquela lista de
coisas que você disse que nunca ia fazer e risque o “nunca”.
Troque de opinião, se for preciso. Vá a lugares que você nunca
imaginou, use algo incomum, pinte o cabelo, ouça músicas de um
estilo diferente daquele que você sempre ouve, experimente o que
antes você costumava manter à distância. Permita-se. Não tenha
medo, nem vergonha, de mudar de lado.
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